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"Eu quero o pensar - sentir hoje e, não tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 26 de julho de 2010


As vezes queria sair um pouco da realidade
Alcançar novos horizontes
Cruzar as linhas da minha história em quadrinhos
Dar um pulo de marte até venus
Olho pra frente e vejo que tudo, ainda, é como era antigamente
Os mesmos rostos, mesa de bar.
Queria ser mais rapido que a minha vontade de não fazer nada
Fazer o caminho antes que ele teime a surgir a minha frente
Tudo pra supor algum senso de direção
Rua parnamirim, ainda misturo o vinho e a cerveja
Enquanto isso na mesma mesa amarelada somos os mesmos
Mesma cara, mesmo mal gosto, mesma disposição
Queria andar um pouco mais devagar
Beber o silencio como quem ouvi um segredo
Sonhar a realidade e viver um sonho
Vou deitar, talvez quando acorde não esteja de ressaca

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sorriso


       Desejo louco de mostrar-lhes os dentes, de não prendê-los dentro da boca, de fazê-los reluzirem nos seus olhos as ponto de refletirem nas suas bocas.
         Faço meus seus sorrisos, minhas suas alegrias. Sou eu quem fecha os olhos quando mostro os dentes. Nesta brincadeira de ser feliz, de esbanjar simpatia, pode ser felicidade, mesmo quando é ironia.
        É a conquista momentânea, o brinde das energias, a caricia do sonhador, o amigo presente, é um motivo para sorrir.

sábado, 29 de maio de 2010

Todo o dinheiro que eu não tinha, gastei ontem! E nem era muito.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Observador interessado

       Sento a beira do mundo pra ver a vida passar.
Os grandes tubarões de petroleo deixam seu rastro de sangue e concreto, enquanto aceleram a corrente da sua própria extinção.
O minimo toque na sua pele de metal chapado e seu sangue negro não tarda a manchar até onde a vista alcança, transformando colorido em preto e branco, lágrimas em desespero, peixes em tubarões de uma tribo canibal.
     “Enquanto dilacera o irmão, beija no espelho sua própria face.”
A barganha é pelo coral, mas isso você não vê sentado a margem.
Pra quem vive na corda bamba, nadar com os tubarões é ser o mestre do picadeiro. Que com toda sua postura imponente, julga, no alto da sua ilusão, poder quebrar o ciclo das correntes. Quando, na verdade, tudo que lhe resta ser é um observador interessado.

A primeira estrela surgi imponente e desenha as cores do por-do-sol litorâneo, enquanto a lua negra observa sucinta.

Não presta !?

Se não fosse você, seria eu!
Comemoremos a morte da estrela que somos nós e nos dissipemos para o ser: Mundo. Para ser energia. Para ser parte de um objetivo maior. Ser tolo para rir ma solidão, prender o grito na garganta e senti-lo implodir dentro de cada átomo.

Se você não corre, corroeu!
O espirito que é livre quer ser grama, pasto, estar em você. Não necessita dos seus braços, lábios, de palavras com ou sem maldade.
Mas não vá sem que te beije com abraços de lua.

Se me der a boca, fecho os olhos!
Um beijo não necessita tocar a face, mas cria forma até que perca o sentido.
O toque não existe para ser razão e só necessita do desejo para acontecer.
Toque e parta, mas toque! '' Para ser amado, ou odiado.”
Só não espere que te beije com as mãos.

domingo, 23 de maio de 2010

Sábados

“ Acorda no domingo pensando que é sábado. A segunda chega que você nem sente.”

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nostalgia de Ser

Ecoa sobranceira a nossa paixão insólita, nas ruas e bares da hoje sucinta cidade que mata sua sede a cada mirabolância insigne de um Pierrô.
E como Pierrôs corremos, pulamos, giramos e dançamos com os maracatus, frevos, troças e pífaros que compõem a trilha sonora da imóvel protagonista de concreto, dor e gargalho que inexpugnável segue a induzir momentos de in-expropriáveis sensações, que nos movem singelamente nos compassos das batidas de nossos corações, em meio a invisíveis obstáculos e barquinhos de papéis.
Navegamos lentamente em preto e branco em meio aos bancos, paredes manchadas e sob um chão cinzento e sólido onde escorre o segredo psicodélico do ser onipresente que somos nós.
Bradamos as dores e sussurramos alegrias, por meio da nossa poética filosofia de coexistir numa só sintonia que nos transpassa a carne e beija a face a cada abraço, sem braços do olhar que suspira no momento em que a poesia de sermos um se confirma no abrupto arrebatamento do ser que somos nós, antes do bacurau de volta ao não ser... Eu.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É só saudade


Saudade é uma bicho solto correndo na mata num dia de chuva, é sentir o calor consumir lentamente a pele molhada, é trocar um dia de sol por uma noite gelada e deixar todos os seus sonhos embaixo da almofada.

Um teto azul não é um céu estrelado.
Desejo um passo de cada vez.
Meus sonhos não se limitam a quatro paredes, mas minha saudade é verde. Verde folha, verde da mata, verde da cor de um quarto vazio onde velo lembranças de mais uma noite de saudades.

O nosso amor é como um grão, é uma semente de vulcão.
Brota dentro do peito, erupção descontrolada, brinda e brinca a cada bombear do sangue que a rega e foge a cada toque de mãos num corpo confuso onde a duvida dilacera em pedaços um solitário coração.

O nosso amor é um barco sem remo, nem velas no meio do oceano. É a exclamação antes de cada interrogação. É o lapso do gozo antes de voltar a tona.

Prostitua teus sentimentos, renega tua carne, mas não sinta pena de si mesma quando suas lembranças tornar-sem uma parede verde e seus sonhos se limitarem a sua cabeça.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nem doce e nem amargo, insossa!

Fatídico e satírico o famigerado dia que não espera para arrebatar seu sono de olhos abertos onde você corre pra não estar de pé, para vomitar sua consciência pra fora do copo e saber que ela não vai sair pelo seu nariz.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Marco Zero

by C.R
Dançamos luas
Passeamos sob a galaxia de um novo tempo de um velho Recife
Sujamos a rua com pés descalços deixando marcas em nosso sistema
Recriamos chamas com a radiação lunar



Tum... Tum... Tum



É o coração de Deus querendo sair
Ele ouvi nossos passos
Nos guia a cada dança de passos largos
Um passo e não estamos mas na terra



“Plutão, planeta não”(C.R)



Lapidamos a chama a cada toque dos sentidos
E gira, e pousa
E gira, e pousa
E gira, e dorme



Km0



Acordar no centro do universo, e por um segundo tudo é Deus
O ar não é mais necessário
Nem há estomago para o pão
A cada sorriso fico mais jovem


Deita, levanta, e dança, e pula, e geme, grita, puxa e solta no ar
E vai caindo... caindo... caindo
Até o coração de Deus



De olhos abertos o céu não parece tão longe
Sentado sob o sol
Extravasando dores que não são as minhas
“Sei que ela chora, mas hoje dorme.”



São só símbolos e não mais do que estar em frente a uma parede, ou trepado em um poste
Símbolos de energia, de sorte, de dor, desapego, de morte, de guerra, da terra... Santa



Que continuemos fazendo de nossos momentos o símbolo de platônicos reencontros
Eternos amores de letras, sorrisos, olhares e abraços sinceros
Que sejamos poetas então, fazendo de cada momento poesia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sinto(nia)






Fina e larga, turva e limpa
A alma é uma em dois pedaços
Inspiro no embalo dos teus suspiros
Na sua falta de exatidão sou relâmpago a apagar a escuridão
É que o véu espiritual pra nós não foi tão denso
E a sintonia vem de além
Vejo cores multifasicas no seu sexo
Durmo nas suas inconstâncias enquanto sinto o mosaico de sentidos mesclados
Até que o orgasmo de sentidos fale por nós
Que cada partícula do meu corpo seja você
Pra que quando olhar-te em frente ao véu soletre teu cheiro em pensamentos
Neste momento seremos ebulição
As mãos não seriam suficientes para desenhar-te
O queixo percorreria todo o quadril antes de deslizar lenta e deliciosamente pelas suas cavidades
Entrelaçar-se numa palpitação desgovernada
E deixar pulsar o meu sexo ao vê-la apertar as coxas contra o útero
Enquanto o orgasmo jorra pelos seus poros no momento em que seremos um novamente
O véu já não divide os pensamentos, desejos, palavras, olhares
Onde cada silaba do teu texto é um verso do meu poema
Para cada capitulo, os acordes de nossas melodias seriam infindáveis
Posso regar a tua flor, só não deixe a minha morrer
Que tudo seja uma troca antes de ser um troféu
E caso venha a padecer só ouça o que ela diria de forma mais limpa
Na falta de memória o contato seria evitado e as cicatrizes seguiriam sem história
O amor?!... Far-se-á de novo e de novo, como rotina com toda cautela possível

Pele e Caneta

...
E quando não estava olhando desenhou-me com versos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Infarto


Do não ato o ressentimento
Do relato a saudade
Do não amor o desespero
Do infarto a morte

Se não fez haverá ressentimento
Do que escuta senti saudade
Na falta do amor vem o desespero
Para o infarto só a morte

Ressentimento do ato não feito
Saudade do relato citado
Desespero pelo amor não dado
Morte por infarto



                                                 Para    Natanael josé de lima

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A caminho do sol


Sol em notas musicais
Luz expressa em tinta de caneta
Puro sorriso ao som da viola
O batuque lúdico a espalhar-se pelo Recife criança
Recife nostálgico,
arde na memória
de danças afrodisíacas
A seda vermelha em tons nítidos de noite cigana
Es tú, sol de miçangas douradas
fogueira de doce calor
a queimar lentamente
consumir-se deliciosamente
fazendo amor com cada segundo,
abraçando-se a cada minuto
de horas preguiçosamente notadas
despidas, uma por uma
até os dias completarem sua árdua
 incrível jornada.
Enfim, bela margarida entre cinzas
A dançar para o sol.


                                 (Poema secreto-confraternização Dremelgas)
                                                              Raísa Feitosa
                                                                     p/  Jhonatan sodré