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"Eu quero o pensar - sentir hoje e, não tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã." (Clarice Lispector)

sábado, 29 de maio de 2010

Todo o dinheiro que eu não tinha, gastei ontem! E nem era muito.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Observador interessado

       Sento a beira do mundo pra ver a vida passar.
Os grandes tubarões de petroleo deixam seu rastro de sangue e concreto, enquanto aceleram a corrente da sua própria extinção.
O minimo toque na sua pele de metal chapado e seu sangue negro não tarda a manchar até onde a vista alcança, transformando colorido em preto e branco, lágrimas em desespero, peixes em tubarões de uma tribo canibal.
     “Enquanto dilacera o irmão, beija no espelho sua própria face.”
A barganha é pelo coral, mas isso você não vê sentado a margem.
Pra quem vive na corda bamba, nadar com os tubarões é ser o mestre do picadeiro. Que com toda sua postura imponente, julga, no alto da sua ilusão, poder quebrar o ciclo das correntes. Quando, na verdade, tudo que lhe resta ser é um observador interessado.

A primeira estrela surgi imponente e desenha as cores do por-do-sol litorâneo, enquanto a lua negra observa sucinta.

Não presta !?

Se não fosse você, seria eu!
Comemoremos a morte da estrela que somos nós e nos dissipemos para o ser: Mundo. Para ser energia. Para ser parte de um objetivo maior. Ser tolo para rir ma solidão, prender o grito na garganta e senti-lo implodir dentro de cada átomo.

Se você não corre, corroeu!
O espirito que é livre quer ser grama, pasto, estar em você. Não necessita dos seus braços, lábios, de palavras com ou sem maldade.
Mas não vá sem que te beije com abraços de lua.

Se me der a boca, fecho os olhos!
Um beijo não necessita tocar a face, mas cria forma até que perca o sentido.
O toque não existe para ser razão e só necessita do desejo para acontecer.
Toque e parta, mas toque! '' Para ser amado, ou odiado.”
Só não espere que te beije com as mãos.

domingo, 23 de maio de 2010

Sábados

“ Acorda no domingo pensando que é sábado. A segunda chega que você nem sente.”

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nostalgia de Ser

Ecoa sobranceira a nossa paixão insólita, nas ruas e bares da hoje sucinta cidade que mata sua sede a cada mirabolância insigne de um Pierrô.
E como Pierrôs corremos, pulamos, giramos e dançamos com os maracatus, frevos, troças e pífaros que compõem a trilha sonora da imóvel protagonista de concreto, dor e gargalho que inexpugnável segue a induzir momentos de in-expropriáveis sensações, que nos movem singelamente nos compassos das batidas de nossos corações, em meio a invisíveis obstáculos e barquinhos de papéis.
Navegamos lentamente em preto e branco em meio aos bancos, paredes manchadas e sob um chão cinzento e sólido onde escorre o segredo psicodélico do ser onipresente que somos nós.
Bradamos as dores e sussurramos alegrias, por meio da nossa poética filosofia de coexistir numa só sintonia que nos transpassa a carne e beija a face a cada abraço, sem braços do olhar que suspira no momento em que a poesia de sermos um se confirma no abrupto arrebatamento do ser que somos nós, antes do bacurau de volta ao não ser... Eu.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É só saudade


Saudade é uma bicho solto correndo na mata num dia de chuva, é sentir o calor consumir lentamente a pele molhada, é trocar um dia de sol por uma noite gelada e deixar todos os seus sonhos embaixo da almofada.

Um teto azul não é um céu estrelado.
Desejo um passo de cada vez.
Meus sonhos não se limitam a quatro paredes, mas minha saudade é verde. Verde folha, verde da mata, verde da cor de um quarto vazio onde velo lembranças de mais uma noite de saudades.

O nosso amor é como um grão, é uma semente de vulcão.
Brota dentro do peito, erupção descontrolada, brinda e brinca a cada bombear do sangue que a rega e foge a cada toque de mãos num corpo confuso onde a duvida dilacera em pedaços um solitário coração.

O nosso amor é um barco sem remo, nem velas no meio do oceano. É a exclamação antes de cada interrogação. É o lapso do gozo antes de voltar a tona.

Prostitua teus sentimentos, renega tua carne, mas não sinta pena de si mesma quando suas lembranças tornar-sem uma parede verde e seus sonhos se limitarem a sua cabeça.