Sento a beira do mundo pra ver a vida passar.
Os grandes tubarões de petroleo deixam seu rastro de sangue e concreto, enquanto aceleram a corrente da sua própria extinção.
O minimo toque na sua pele de metal chapado e seu sangue negro não tarda a manchar até onde a vista alcança, transformando colorido em preto e branco, lágrimas em desespero, peixes em tubarões de uma tribo canibal.
“Enquanto dilacera o irmão, beija no espelho sua própria face.”
A barganha é pelo coral, mas isso você não vê sentado a margem.
Pra quem vive na corda bamba, nadar com os tubarões é ser o mestre do picadeiro. Que com toda sua postura imponente, julga, no alto da sua ilusão, poder quebrar o ciclo das correntes. Quando, na verdade, tudo que lhe resta ser é um observador interessado.
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