Ecoa sobranceira a nossa paixão insólita, nas ruas e bares da hoje sucinta cidade que mata sua sede a cada mirabolância insigne de um Pierrô.
E como Pierrôs corremos, pulamos, giramos e dançamos com os maracatus, frevos, troças e pífaros que compõem a trilha sonora da imóvel protagonista de concreto, dor e gargalho que inexpugnável segue a induzir momentos de in-expropriáveis sensações, que nos movem singelamente nos compassos das batidas de nossos corações, em meio a invisíveis obstáculos e barquinhos de papéis.
Navegamos lentamente em preto e branco em meio aos bancos, paredes manchadas e sob um chão cinzento e sólido onde escorre o segredo psicodélico do ser onipresente que somos nós.
Bradamos as dores e sussurramos alegrias, por meio da nossa poética filosofia de coexistir numa só sintonia que nos transpassa a carne e beija a face a cada abraço, sem braços do olhar que suspira no momento em que a poesia de sermos um se confirma no abrupto arrebatamento do ser que somos nós, antes do bacurau de volta ao não ser... Eu.
DO COMEÇO DO AMOR
Há 8 anos
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