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"Eu quero o pensar - sentir hoje e, não tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã." (Clarice Lispector)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sinto(nia)






Fina e larga, turva e limpa
A alma é uma em dois pedaços
Inspiro no embalo dos teus suspiros
Na sua falta de exatidão sou relâmpago a apagar a escuridão
É que o véu espiritual pra nós não foi tão denso
E a sintonia vem de além
Vejo cores multifasicas no seu sexo
Durmo nas suas inconstâncias enquanto sinto o mosaico de sentidos mesclados
Até que o orgasmo de sentidos fale por nós
Que cada partícula do meu corpo seja você
Pra que quando olhar-te em frente ao véu soletre teu cheiro em pensamentos
Neste momento seremos ebulição
As mãos não seriam suficientes para desenhar-te
O queixo percorreria todo o quadril antes de deslizar lenta e deliciosamente pelas suas cavidades
Entrelaçar-se numa palpitação desgovernada
E deixar pulsar o meu sexo ao vê-la apertar as coxas contra o útero
Enquanto o orgasmo jorra pelos seus poros no momento em que seremos um novamente
O véu já não divide os pensamentos, desejos, palavras, olhares
Onde cada silaba do teu texto é um verso do meu poema
Para cada capitulo, os acordes de nossas melodias seriam infindáveis
Posso regar a tua flor, só não deixe a minha morrer
Que tudo seja uma troca antes de ser um troféu
E caso venha a padecer só ouça o que ela diria de forma mais limpa
Na falta de memória o contato seria evitado e as cicatrizes seguiriam sem história
O amor?!... Far-se-á de novo e de novo, como rotina com toda cautela possível

Pele e Caneta

...
E quando não estava olhando desenhou-me com versos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Infarto


Do não ato o ressentimento
Do relato a saudade
Do não amor o desespero
Do infarto a morte

Se não fez haverá ressentimento
Do que escuta senti saudade
Na falta do amor vem o desespero
Para o infarto só a morte

Ressentimento do ato não feito
Saudade do relato citado
Desespero pelo amor não dado
Morte por infarto



                                                 Para    Natanael josé de lima

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A caminho do sol


Sol em notas musicais
Luz expressa em tinta de caneta
Puro sorriso ao som da viola
O batuque lúdico a espalhar-se pelo Recife criança
Recife nostálgico,
arde na memória
de danças afrodisíacas
A seda vermelha em tons nítidos de noite cigana
Es tú, sol de miçangas douradas
fogueira de doce calor
a queimar lentamente
consumir-se deliciosamente
fazendo amor com cada segundo,
abraçando-se a cada minuto
de horas preguiçosamente notadas
despidas, uma por uma
até os dias completarem sua árdua
 incrível jornada.
Enfim, bela margarida entre cinzas
A dançar para o sol.


                                 (Poema secreto-confraternização Dremelgas)
                                                              Raísa Feitosa
                                                                     p/  Jhonatan sodré