In(Can)Decente

Divirta-se!
Com esse sorriso sarcástico
Pensa que não vejo
Seus dentes ao canto da boca?

Mas não pense que com isso você me engana
Se cedo aos seus caprichos
É porque me convém

Lembra de como me olha pedindo pra ser beijada?
Não venha negar com esta cara lavada
Pois não é a toa que ficamos até o meio da madrugada
E muitas vezes sem falar nada

Sabe por que não te beijo?
Porque sei muito bem o meu lugar
Sei que muito do que queres não posso dar
... E talvez nem queira!

Não vou me resignar pela moça má!
Sei uma ou duas coisas sobre ela
Sei que me fará chorar
Vai pegar a minha mão e me deixar caminhar ao seu lado
Mas quando quiser, vai me ignorar

E pensar que todo esse cinismo é o reflexo da minha falta de clareza
Quando a remeto ao normal
Assim perdendo o melhor de sua essência

Inseguro?... Talvez
Mas não tenho medo de pensamentos confusos
O porvir é a conquista do meu eu!

Você sabe né!?
Não lhe nego o ardor, a ebulição
Que minha carne exala ao simples toque da sua pele

Até... Que me deixo levar pela moça má
Procuro, incentivo e até me incluo ao que não me convém
E me envergonho perante minha (ignorância)

E quando esperava sua total censura
Fui completamente compreendido, acalentado
Tive resposta de que não havia perguntas

Havia o gosto de tuas coxas em minha boca
A suavidade de seus seios no meu queixo áspero
O respingo do teu suor no meu peito
E quando o que eu mais queria era ver jorrando... Gozei!